Fifa
prefere não enumerar
casos
de corrupção no futebol
Por Redação, com agências internacionais – de Zurique
O comitê de
ética independente da Fifa preferiu, em entrevista a jornalistas, neste sábado,
não enumerar quantos casos de corrupção está investigando, após denúncias que
levaram a prisão diretores e empresários ligados à instituição que coordena o
futebol, no mundo. Segundo dirigentes, a Federação está analisando “muitos
casos de suposta corrupção”. O objetivo é acelerar as investigações e antevê
expulsões vitalícias para todos os crimes, com exceção dos menos graves,
segundo uma fonte familiarizada com o assunto falou à agência inglesa de
notícias Reuters.
O FBI está investigando suborno e corrupção na Fifa
Os
investigadores estão observando três áreas: casos relacionados aos processos seletivos
das Copas do Mundo de 2018 e 2022, a distribuição e o uso de fundos de desenvolvimento
e partidas cujos resultados seriam pré-arranjados, o que a fonte descreveu como
a “grande história” do futebol. Os membros do comitê de ética afirmam que os
dias em que os corruptos podiam contar com afastamentos de meros três meses
acabaram, disse a fonte à Reuters.
– Há muito
mais casos do que as pessoas imaginam, e eles estão determinados a ir atrás
deles, fiquem preparados – declarou a fonte.
As
investigações são separadas do inquérito suíço sobre a concessão dos Mundiais
de 2018 e 2022 à Rússia e ao Catar, que negam qualquer irregularidade, e do
inquérito norte-americano, que indiciou 14 pessoas, incluindo ex-dirigentes da
Fifa, acusados de lavagem de dinheiro e extorsão.
Ao contrário
do que ocorre nos dois inquéritos, os investigadores da Fifa não têm poderes de
polícia. Embora a suspeita de corrupção entre funcionários graduados da
entidade tenha atraído a atenção da mídia e preocupado patrocinadores,
acredita-se que os membros do comitê de ética da Fifa encaram as partidas
arranjadas como a maior ameaça ao esporte, além de ser a mais difícil de
combater.
– As
partidas arranjadas são a grande história no momento – disse a fonte, acrescentando
que trata-se de um
crime que ultrapassa as fronteiras do esporte e precisa da
colaboração das autoridades públicas de todo o mundo.