Caças
noruegueses defendem Islândia de mítico ataque russo
O espaço aéreo da Islândia e de áreas próximas do
mar de Barents estão sendo patrulhados diariamente por caças noruegueses. O
objetivo deste esforço combinado da OTAN é travar mais uma vez a Rússia
“hostil”.
"As
patrulhas são importantes para salientar que a OTAN permanece unida, bem como
para sinalizar aos russos que estamos prontos para salvaguardar nossa defesa",
disse o vice-comandante supremo aliado da OTAN para a Europa Adrian Bradshaw à
emissora nacional norueguesa NRK.
© AFP
2016/ Anne-Christine Poujoulat
Atualmente, quatro caças noruegueses das bases
aéreas de Bodo e de Orlandet estão estacionados na Islândia, encarregados de
monitorar o espaço aéreo da ilha e manter um olho sobre a Rússia, uma missão
rotativa entre os vários membros da OTAN.
"A Rússia tomou a iniciativa
nos mares do norte e agora nós [OTAN] devemos mostrar que temos interesses de
defesa comuns ", disse Bradshaw, se referindo aos exercícios russos perto
da Noruega.
Rune Jakobsen, das Forças Armadas
da Noruegas sublinhou que a Rússia está constantemente usando novos métodos.
"Nós vemos um aumento na
atividade marítima e um declínio no uso de aviões de bombardeio estratégico.
Hoje, as forças armadas russas também podem conduzir operações militares
muito mais rapidamente do que antes. Agora, eles podem chegar com toda sua
Frota do Norte em apenas algumas horas. É um desafio para nós", disse
Jakobsen.
De acordo com ele, os russos
estão usando um novo tipo de submarinos, o que acelera as operações
marítimas. O resultado é que os navios de guerra russos poderiam, em caso de
necessidade, aparecer em águas exteriores à Noruega no tempo de algumas horas,
sem notificarem as forças da OTAN.
A Islândia ficou sem os meios
para patrulhar seu espaço aéreo após a retirada da Força Aérea dos Estados
Unidos (USAF) da base aérea de Keflavik em setembro de 2006.
No mesmo ano, o primeiro-ministro
Geir Haarde solicitou aos membros da OTAN para patrulharem o espaço aéreo da
ilha. Notavelmente, Haarde negou que a medida tenha sido especificamente
dirigida contra aviões russos, sublinhando que a Islândia mantém relações
amigáveis com a Rússia.